tradutora e louca

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sexta-feira, 2 de março de 2012

Upset, really upset

Hoje deu um daqueles dias que a gente acorda achando que o mundo está de pernas para o ar, o que de fato, vamos lá, está mesmo...

Primeiro... deparo com um daqueles e-mails desconcertantes alertando-nos a respeito da posição de palhaço que o cidadão brasileiro tomou nos últimos tempos. Claro, temos que concordar. Cada país tem o governante que merece. Não dá para comparar o que acontece na Europa ou em países norte africanos com o que acontece no Brasil. Vamos lá, porque eles tiveram anos e anos vivendo em sistemas de escravidão e/ou feudalismo? Porque naquela época o povo não causou uma revolução? Porque demorou tanto para saírem daquele sistema?? Na minha opinião, faltava amadurecimento da nação. Hoje, esses países são como velhos senhores reclamões que não medem o que falam, pegam suas bengalinhas e dão com elas na cabeça de quem está fazendo algo errado...
E o povo brasileiro? Nós somos uma nação fruto do sistema mercantilista/capitalista, o que já muda completamente as origens do nosso povo, e com apenas 500 e tantos anos, é como se fôssemos aqueles adolescentes de 14 anos, sabem que algo está errado, reclama com os pais, ameaça fugir de casa, mas fica no quarto comunicando suas frustrações com os coleguinhas incompreendidos via Facebook. Ok, isso é parte da nossa evolução, temos que descobrir qual é a melhor maneira de revolucionar o país.
Vocês já repararam porque os movimentos no Brasil contam só com estudantes? E mesmo assim poucos? No nosso sistema, todo homem tem seu preço... Estamos tão presos dentro do nosso sistema que somos escravos de nossas próprias necessidades. É improvável que um trabalhador vá perder um dia de serviço, correndo o risco de perder o próprio emprego e comprometer o sustento de sua família por uma causa que pouquíssimos realmente fariam algo.
Outra questão é: A arma do cidadão é o voto. Ok, concordo. Entretanto, penso que o voto na mão do brasileiro é como um moleque com uma super pistola com mira laser que não leu o manual de instruções. O voto é realmente importante, mas ninguém entende as regras de como funciona, e nem procura saber. Chega no ano eleitoral, vira e diz "é, vou votar nesse porque não tem ninguém melhor" ou então "vou votar nesse porque se ele não ganhar eu perco meu emprego". Não adianta querer que um país tão imaturo seja tão revolucionário quanto os outros países mais velhos. Falta muito ainda, mas eu creio que a gente chega lá um dia...

--afe, desabafei. Mais ou menos.